Cuba muda a agricultura
WALTER GALVÃO
O governo de Cuba anuncia para dezembro o lançamento de um "pacote agrícola" que prevê a redução das atuais equipes administrativas das fazendas coletivas.
Nestas fazendas, segundo o próprio governo divulgou na mídia oficial, quase 90 mil pessoas não têm o que fazer.
O que fazer, então, pergunta o govero para garantir uma retomada da produção com base também na produtividade das equipes que se responsabilizam pela produção de alimento na ilha de Fidel?
A saída é uma só: ajustar produção e produtividade através de uma organização administrativa que cuide de alocar recursos humanos necessários. Mas o excedente terá que se virar? Até agora nada foi dito quanto ao problema do aumento do desemprego, que é grave na ilha, e certamente o presidente Raul Castro deve ter alguma proposta.
Atualmente, Cuba importa 60% dos alimentos que consome. Isto precisa mudar. As quase 500 fazendas coletivas, onde está o grosso do funcionalismo do campo, precisam ser dinamizadas. Espera-se que esta estratégia dê certo. Os cubanos precisam comer mais e melhor.
Há tempos que sei que Cuba não é o paraíso que os socialistas utópicos imaginaram. O irmão de Fidel tem nas mãos a missão de restaurar o prestígio internacional de Cuba. Analisar os exemplos bem-sucedidos de outras nações seria um passo interessante. A ilha não pode ficar à mercê de importações excessivas.
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