quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Apagão contra apagão





Em 2001 foi muito pior

WALTER GALVÃO

A política é fogo contra fogo. E do pescoço pra baixo é canela quando a política está em pleno período eleitoral.
No caso brasileiro, período que nunca acaba.
Os palanques não são desarmados no Brasil. E os políticos estão armados até os dentes na garimpagem diária das falhas do adversário.
O apagão de terça-feira foi uma falha da defesa do presidente Lula. E falhou o ataque da ministra Dilma ex-gestora do sistema público de energia.
Mas não dá pra dizer que o problema é igual ao apagão de FHC, quando o tucanato com as penas em desalinho tenta aspirar as sombras que o blecaute continuado produziu em 2001. Foi um inferno escuro. Foi assim, a lâmpada apagou, a vista escureceu, tudo como no bolero. Só não teve beijo.
O apagão de agora teve falha operacional, pressão externa do clima, falta de preparo técnico para esse tipo de urgência.
O debate vai rolar. E vai durar. Mas uma coisa é certa: em 2001 foi muito, muito pior.

A edição desta quinta-feira de O Globo informa o seguinte a propósito dos apagões:

“No caso de 2001, o Brasil enfrentou um problema estrutural que levou tempo para ser sanado, e o governo teve que preparar um plano de contingência, baseado no acionamento de termelétricas, na reestruturação do planejamento (com a instituição de leilões de energia futura) e na realização de um rápido investimento em linhas de transmissão. Agora, embora a ocorrência levante dúvidas sobre os investimentos que vêm sendo feitos em tecnologia, monitoramento e fiscalização na rede de transmissão, o problema foi pontual e rapidamente solucionado.
Não existe problema de abastecimento de energia. Ao contrário, 2009 é um dos anos em que mais choveu nos últimos tempos. Os reservatórios de todas as regiões estão muito longe de levantar preocupação.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), até o último domingo o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas na região Sudeste/Centro-Oeste estava em 68,78%; na Região Sul, em 94,18%; na Nordeste, em 63,13%; e na Norte, em 47,38%”.

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