segunda-feira, 23 de novembro de 2009



Fórum Mundial de Educação Profissional

WALTER GALVÃO

Cheguei hoje a Brasília para acompanhar o Fórum Mundial de Educação que este ano apresenta uma versão totalmente dedicada à educação profissional e tecnológica.

A cidade ostenta a sua elegância de sempre, o trânsito flui arrastado de uma asa a outra do plano piloto e a ferveção não para. No sonho urbanístico concretizado de Niemeyer e Lúcio Costa, em que não cabem esquinas, a agenda dos poderes é sempre polêmica.

As referências negativas à presença do líder iraniano Ahmadinejad pipocam nos diversos ambientes. Ele está de mãos dadas com o presidente Lula desde o início da manhã. Lula faz cara de paisagem para os reclamos do mundo democrático. São muitos os que rejeitam a recepção em Brasília ao radical que a exemplo de Chavez parece querer chutar o pau da barraca e botar mais lenha na fogueira do Oriente Médio.

Ahmadinejad susssura a todos pulmões, ou grita baixinho que pode perder a paciência com os inimigos, leia-se Israel, e mandar ver na construção de uma bomba.

Mas enquanto a bomba não é oficial, ele visita países parceiros (?) envolvidos em problemas históricos a exemplo do desenvolvimento estratégico a partir da educação, como é o caso do Brasil.

Mas esse é um tema que atrai o interesse de todos, e tanto é assim que nada menos que 16 países estão representados a partir da noite desta segunda-feira quando o presidente Lula fizer o discurso de abertura do Fórum MUndial de Educação Profissional e Tecnológica que terá também a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad.

Os desafios do setor são enormes. Entre os mais expressivos estão a necessidade de ampliar a oferta para milhares de jovens no Brasil inteiro, definir propostas curriculares compatíveis com as necessidades do mercado e ao mesmo tempo assegurar que as competências estudantis não sejam exclusivamente orientadas pela lógica do mercado, estabelecer maior nível de comprometimento dos agentes econômicos na criação de centros de excelência de educação profissional sem fazer com que a experiência vitoriosa do Sesc/Senai sejam esvaziada...

A partir das 9 horas de amanhã (a abertura oficial na noite de hoje tem o presidente e exibições artísticas), começam as conferências, debates, oficinas e exposições. A Paraíba está presente com uma vasta caravana que inclui alunos, professores, pesquisadores e dirigentes. UM momento histórico da educação internacional.

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