Transe assassino: 40 anos
WALTER GALVÃO
Há quarenta anos o cobiçado prêmio Pulitzer de fotogafia de 1969 foi conquistado pelo fotógrafo correspondente de guerra Eddie Adams, então contratado da Associated Press.
A imagem é trágica, correu o mundo quando de sua coleta em 1968 e revela o gesto simples, mas terrível, de um assassinato a sangue frio. Teve o impacto de um murro no estômago da opinião pública mundial.
Incendiou o ativismo internacional contra a guerra do Vietnã.
Reforçou a militância estadunidense que exigia a retiradas das tropas daquele país conflagrado, dividido, mergulhado em sangue e pobreza.
O palco da guerra onde a foto aconteceu foi a ofensiva de Tet, um conjunto de três ações deflagradas em 31 de janeiro de 1968 pelo vietcongue e tropas do Norte, dia seguinte ao pronunciamento do presidente Lyndon Johnson em que ele disse que o conflito duraria pouco tempo e que seria fácil para os EUA controlá-lo. Não foi. A retirada só aconteceu em 1975.
A foto de Adams mostra o exato momento em que o chefe de polícia de Saigon, o General Nguyen Ngoc Loan, dispara contra a cabeça do guerrilheiro vietcongue Nguyen Van Lém.
O horror do momento fez história. A dramática história da civilização em transe homicida.
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