segunda-feira, 29 de março de 2010

NARDONIS: NOVO JULGAMENTO


Implicações de um processo desgastante
WALTER GALVÃO
Um novo julgamento dos assassinos de Isabela Nardoni, se ocorrer, e é possível que sim, desencadeará mais uma batalha na mídia, custará muito dinheiro à sociedade, vai expor novamente os filhos dos criminosos a riscos de ampliação dos traumas que já sofreram, desestabilizará psicologicamente a mãe da vítima, resultará em pura indignação popular. Pior: desgastará o Tribunal do Júri como instrumento válido, enquanto expressão justa, correta, equilibrada da capacidade de discernir da sociedade e do próprio Poder Judiciário. E detonará Ministério Público e polícia.

E pode acontecer se o juiz que julgar o pedido compreender que sim, tudo depende, mesmo, da análise do julgador. Porque há um impasse jurídico, afirmam os especialistas. De um lado estão os que acreditam que o novo julgamento ocorrerá porque antes de agosto de 2008 o Código do Processo Penal assim determinava sempre que a pena do réu fosse superior a 20 anos, como é o caso do casal condenado. O crime ocorreu cinco meses antes da mudança na lei.

De outro estão os que consideram que vale mesmo é o que diz o Código atualmente: a defesa terá que provar a necessidade de novo júri.

Bom é que a lei seja respeitada, mesmo que ela aparentemente beneficie os criminosos, dando-lhes uma segunda chance. A lei deve ser respeitada para a manutenção do Estado de Direito. Situação em que os cidadãos têm suas prerrogativas históricas amplamente promovidas e acatadas universalmente.

Mais: o respeito à lei é importante para evitar condenação de inocentes. Erros desse tipo revogam os avanços em busca de justiça, são armadilhas contra a capacidade de julgar da sociedade e realizam injustiça, pura e simplesmente.

Num contexto em que artífices, beneficiários e protetores da impunidade multiplicam esforços contra os avanços saneadores da sociedade que a rejeita, uma absolvição por falta de provas causaria um dano enorme à imagem da Justiça. O que seria ruim, ruim demais para todos nós. Mas o respeito à lei deve prevalecer

domingo, 3 de janeiro de 2010



Drogas, novos desafios

WALTER GALVÃO

O ano promete desafios dignos de HÉRCULES. No campo comportamental, o novo ECSTASY, a droga que atrai cada vez mais os jovens, emerge como um dos principais problemas de saúde pública. E não só de saúde pública.

A meninada é inocente.

Jamais imagina que ao consumir as drogas integra a cadeia do crime, contribui para os prejuízos do Estado, amplia a rede dos depressivos internados nas instituições especializadas, desarticula programas de prevenção, turbina crimes conexos (tráfico de crianças e adolescentes, prostituição infantil, contrabando) e amplifica o homicídio que atinge os jovens de formas passiva e ativa.

O certo é a sociedade se mobilizar em campanhas de prevenção e esclarecimento. em todos os meios disponíveis, de comunicação, principalmente, mas também nos espaços de convivência privilegiando as escolas.

As mortes por conta do consumo de drogas crescem a cada dia. Precisamos trabalhar para que as mortes diminuam.

Sobre riscos do Ecstasy, LEIA AQUI.

sábado, 2 de janeiro de 2010


A África somos nós
WALTER GALVÃO

Este é um ano pra pensarmos na África. África que somos, a que idealizamos, a que realmente existe, as Áfricas que estão além da nossa cultura, aquém da nossa compreensão . O continente africano é uma ideal geopolítico.

Os países africanos são a realidade num mosaico de onde surgimos e para o qual teremos que voltar as nossas atenções.


Precisamos. Sim, precisamos da África pra resgatar pedaços da nossa identidade. Precisamos da África para rejeitar pedaços da nossa identidade.


O que queremos nesses momento da história em que a África forçosamente estará no noticiário mundial por conta da copa do mundo?


Acredito que queremos, sempre, justiça. Justiça para a África ideal, paras as Áfricas políticas, para todos os países que navegam neste mar de carências e também de abundância para uma elite. A elite de sempre, daqui e de lá.


África. Nosso coração desnudado.


África do Sul em perspectiva.
A literatura africana.
Arte africana.

Seguidores

Quem sou eu

Cidadão que gosta de produzir e receber informações