quinta-feira, 3 de dezembro de 2009



Manchetes comentadas


WALTER GALVÃO




O Globo: Grupo que negociava propina chamava Arruda de 'big boss'

A corrupção no Brasil exibe o vôo desengonçado de uma galinha. Mas atinge altitudes dignas de um urubu.

Este caso de Brasília é mais uma pontinha do iceberg indiferente ao efeito estufa. Ele não derrete. Só cresce. Mas vale registrar a militância da Polícia Federal que não se intimida e vai fundo nas investigações. Abrange as regiões abissais das cuecas e das meias.
No caso de José Roberto Arruda, temos a reincidência cínica. Em 2001, ele fraudou o painel eletrônico do Senado. Em 2009, esbofeteou o eleitorado dizendo que os 50 mil reais que recebeu eram pra comprar panetone. Terá que se entender com a história daqui por diante.
Mas a população brasileira crava mais um ponto na cartela da bandidagem desarticulada. Mas o placar continua desigual: Brasil 100 X Corrupção 1000.

Folha de S. Paulo: Para mensalão do DEM, PT propõe impeachment

É o caso do sujo falando do mal-lavado. O PT é o grande campeão de escândalos da década, escândalos que produziram cadáveres. Como no caso dos prefeitos assassinados, histórias trágicas e sombrias que poucos se arriscam a mencionar, nas quais ninguém quer mexer.
O pedido de impeachment é uma gesticulação para a galera. Tentativa de ocupar os espaços do DEM em Brasília. DEM que está desmoralizado. Afinal, os demos tinham em José Roberto Arruda o exemplo maior de "austeridade" e de "administração criativa". Bota criatividade nisso...

O Estado de S. Paulo: Arruda licitou panetones no dia da operação da PF

Incrível essa história. Arruda disse que havia pego os 50 mil, ato gravado em vídeo, para comprar panetones para crianças carentes. E mandou licitar panetones no dia em que a Polícia Federal deflagrou a operação que destampou o esgoto do mensalão em Brasília. Isso três anos depois de embolsar a grana. Ele recebeu a bolada quando era candidato. Guardou numa poupança e três anos depois mandou o governo licitar os panetones? É como diria Bussunda: "Fala sério!"

Correio da Paraíba: Telefonia e bancos lideram reclamações e Oi é primeira da lista

Os serviços de telefonia móvel estão aos farrapos. As razões do fenômeno? Ora, faltam investimentos. A Anatel calculou e concluiu: cada operadora deveria investir R$ 1 bilhão para resolver o problema. E qual é o problema? A explosão de aquisições de aparelhos desde o terremoto de publicidade garantindo os benefícios dos serviços de terceira geração (3G), pacote de tecnologias que multiplicou velocidade e nitidez das transmissões de voz, dados e imagens.
O que precisa ser feito urgentemente? Da parte das empresas, ampliação dos backbones, os sistemas centrais de interligação às redes. Da parte do governo, a expansão do espectro de rádio hoje disponível às operadoras de modo a acolher a demanda do serviço. Informação da Anatel: a média de usos da telefonia móvel dos outros países é de uma demanda que vai de 1 a 2 Gb por usuário por mês. No entanto, o Brasil estaria com um tráfego individual na casa dos 8 Gb por mês. Também será necessário aumentar a planta de ERBs, as estações de rádio base que estabelecem áreas de atuação. Atualmente, as ERBs estão em torno de50 mil. O número é considerado pouco.

O serviço tem que melhorar.

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